Escassez de mão-de-obra na região cacaueira da Bahia : Fatores Condicionantes. Boletim técnico N. 57

Abstract

Em 1957, o Governo Federal criou a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), para amenizar as constantes crises da lavoura, motivadas pela queda vertical do preço no mercado internacional em mais de 50% no decurso de 1956, acompanhado de um aumento nos custos de produção, principalmente no tocante a remuneração da mão-de-obra, principal força de trabalho empregada na atividade de exploração de cacauais. O envelhecimento das plantações associado ao esgotamento do solo e a falta de técnicas agronômicas, agudizavam ainda mais a atual situação. A CEPLAC, além do apoio financeiro dado ao produtor, cujos débitos provenientes das despesas de custeio e investimento se elevavam além de sua capacidade de solvência, procurou, através de medidas necessárias, restaurar a lavoura cacaueira, criando um centro de pesquisas e experimentação agronômica, que vem gradativamente aumentando sua área de ação, visando além do completo racionamento da produção cacaueira estabelecer a diversificação de cultivos e propiciar o fortalecimento da infra-estrutura econômica-social da região. O Departamento de Extensão da CEPLAC (DEPEX) vem atuando, principalmente, com o objetivo de esclarecer o produtor que o emprego do "pacote tecnológico", aconselhado pelo Centro de Pesquisas, torna-se cada vez mais necessário para a obtenção de um aumento de produtividade e melhoria na qualidade do produto. As práticas que compõem o pacote tecnológico englobam algumas já tradicionais na região, e outras práticas consideradas modernas no cultivo do cacau.