Título: Efeito do plantio direito, adubação verde e manejo de copa no crescimento e desenvolvimento vegetativo da seringueira em sistema agroflorestal zonal com cacaueiro. In: Agrotrópica v. 27 p. 45-58, 2015.
Autor(es): Marques, José Raimundo Bonadie
Abreu, Aguimael Eloi de
Santos Filho, Lindolfo Pereira dos
Valle, Raúl René M.
Editor: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
Idioma: pt_BR
Tipo: Artigo
Data: 2015
Resumo: O uso de sistemas agroflorestais (SAFs) envolvendo a seringueira (Hevea brasiliensis L.) como árvore de sombra permanente do cacaueiro (Theobroma cacao L.) demanda cuidados especiais e requer a adoção de práticas de manejo específicas. Estas práticas devem ser adotadas desde a fase inicial de implantação até a abertura e formação das copas bem mais alta do que é observado na monocultura da seringueira. Neste contexto, o presente trabalho foi desenvolvido para analisar a influência do plantio direto, adubação verde e manejo de copa no crescimento e desenvolvimento vegetativo da seringueira estabelecida em SAF zonal com o cacaueiro, na Fazenda Porto Seguro, em Ilhéus, Bahia. Foi instalado em 5,0 hectares de áreas subutilizadas de pastagens, cujo solo (Latossolo) foi preparado com aração e gradagem e o balizamento das fileiras de plantio em curva de nível. No arranjo espacial adotado, as seringueiras foram plantadas em fileiras duplas (16,0 m x 3,0 m x 3,0 m) e os cacaueiros em fileiras quádruplas (3,0 x 3,0 m) nas entrelinhas das seringueiras, ambas as espécies utilizando mudas enxertadas diretamente no local definitivo e mantidas nas entrelinhas das bananeiras (Musa spp.) e gliricídias (Gliricidia sepium (Jacq.) Kunth ex Walp.). O perímetro do tronco foi a variável utilizada para avaliar o crescimento da seringueira medido aos 29, 42 e 54 meses de idade, em 1266 plantas, em duas alturas do solo (1,30 e 1,50 m). Os resultados dessas avaliações, analisados através de estatística descritiva, mostraram que com o aumento de idade das plantas, há maior competição pelos recursos disponíveis e menor área para o seu crescimento e desenvolvimento. Isto contribuiu para decréscimo no incremento do perímetro do tronco, de 11 cm aos 29 meses, para pouco menos de 10 cm ao ano aos 54 meses, não obstante diferirem muito pouco entre si nas duas alturas de avaliação. As análises por histogramas da distribuição das classes de perímetros do tronco mostraram que, nos períodos analisados, houve uma tendência de concentração de 90% das plantas nas classes intermediárias e reduzido percentual nas classes iniciais. Este comportamento evidencia padrão típico de crescimento de plantios clonais, em que a variação entre plantas exclui o componente genético. A projeção por classes dentro de idade (ano) mostrou que 78,7% das plantas encontram-se aptas à produção de borracha com cinco anos de idade e 90% atingirão às condições exigidas à sangria entre o quinto e sexto ano, mesmo constatando-se forte ataque de requeima (Phytophthora spp.) em 100% das plantas do clone FDR 5788 no último período de avaliação. Os baixos valores observados para o desvio padrão sugerem uma menor variação ambiental e refletem a uniformidade observada no crescimento e desenvolvimento das plantas. Isto pode ser atribuída ao arranjo espacial e as práticas de manejo corretamente adotadas na instalação e manutenção do SAF.
Palavras-chave: HEVEA BRASILIENSIS;  SAF;  TIPO DE MUDA;  BIOMASSA;  MANEJO DE COPA DO COMPONENTE ARBÓREO
URI: http://192.168.3.118:8080/handle/1/1444
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