Estoque de carbono nos principais solos da mesorregião sul baiano, Bahia, Brasil. In: Agrotrópica v. 24 p. 99-108, 2012.

Abstract

Os impactos ambientais causados na atmosfera ao longo dos anos, com danos no meio ambiente, vêm alertando a sociedade em mitigar ao máximo a emissão de gases impactantes na atmosfera. Com essa preocupação surgiu o Protocolo de Quioto estabelecendo metas de redução de gases de efeito estufa no ar. O dióxido de carbono em grandes concentrações provoca sérios problemas para o homem. O solo tem sido um valioso aliado no estoque de carbono, como um compartimento ambiental envolvido com importantes processos na dinâmica do carbono orgânico. Este trabalho objetivou o cálculo do estoque de carbono nos principais solos da Mesorregião Sul Baiano, correlacionando com usos da terra. A análise tomou por base a relação entre dados levantados de carbono orgânico, densidade do solo, nos respectivos horizontes pedológicos e a estimativa de carbono sequestrado nas áreas totais dos solos estudados. Os três maiores valores, por unidade de área, foram encontrados nos solos (com respectivos usos da terra): Gleissolo Háplico Ta Eutrófico (manguezal), Espodossolo Ferrihumilúvico (consórcio piaçava, côcoda-bahia e abacaxi), Latossolo Amarelo Distrófico (cacau). Para o cenário com a área total dos solos na região, destacou-se o Latossolo Vermelho - Amarelo Distroférrico (sob mata e, também, com pasto e capoeira). Com base no uso da terra, os maiores e menores valores foram registrados: com mata no Latossolo Amarelo distrófico (no município de Gandu) e no Latossolo Amarelo distrófico (em Mutuípe); sob cacau no Latossolo Amarelo distrófico (em Itabuna) e no Argissolo Vermelho – Amarelo distrófico (em Jiquiriçá); com pasto no Argissolo Vermelho – Amarelo eutrófico (em Apuarema) e o Neossolos Flúvicos Psamíticos (em Santa Cruz Cabrália).