Armazenamento de cacau em sacos plásticos. In: Theobroma v. 13 p. 83-97, 1983.

Abstract

Sacos de polietileno de 0,050 mm de espessura e 60 kg de capacidade foram utilizados para avaliar o aumento do período de conservação de amêndoas de cacau nas fazendas. Compararam-se sacarias de polietileno e de juta, com e sem adição de insetos (25 casais de lagartas de Ephestia cautella (Walk) e 50 adultos de Tribolium castaneum (Herbst), por saco), sendo observados parâmetros físicos, biológicos e químicos do produto e do ambiente. Nos sacos de polietileno, durante 12 meses, não ocorreu desenvolvimento de mofo interno nem ataque notável de insetos, equanto que o cacau embalado nos sacos de juta foi desclassificado para exportação após 8 meses de armazenamento. E. cautella teve condições de sobreviver no interior dos sacos de polietileno, ao longo dos 12 meses de experimento, contrariando as características biológicas dessa praga. Nos sacos de polietileno, ao contrário dos de juta, Ahasverus advena não teve condições de se desenvolver, dada a pequena ocorrência de mofo, reflexo do baixo teor de umidade das amêndoas neles conservadas. No final do experimento, verificou-se que as amêndoas de cacau, inicialmente com 6,6% (base úmida) de teor de umidade, mantiveram, em média, um teor de 7,1 %, quando embaladas em sacos de polietileno, mantendo o tipo "Superior" para exportação.