Eficiência técnica e econômica de pulverizações com fungicidas de cobre a ultra baixo volume no controle da "podridão parda" do cacaueiro. In: Theobroma v. 7 p. 41-68, 1977.

Abstract

O presente trabalho compara a eficiência de três fungicidas no controle da podridão parda do cacaueiro em duas fazendas particulares na Bahia, em 1976: Cobre Sandoz (R) (óxido cuproso). Oxicloreto Sandoz (R) (oxicloreto de cobre)e Kocide 101 (R) ,(hidróxido de cobre). Foram feitas quatro aplicações durante o ano usando-se 4 g de cobre metálico/árvore (160 litros em água com o adesivo Ag-Bem) e 2 g/árvore a ultra baixo volume (11 litros em água com antievaporante). A remoção periódica dos frutos foi eficaz somente em uma das fazendas (controle de 50%). O óxido cuproso a alto volume com adesivo foi o tratamento mais eficiente (90% de controle). Hidróxido e oxicloreto de cobre com adesivo foram tão eficientes quanto o óxido de cobre sem adesivo (70% de controle). As pulverizações a ultra baixo volume foram 21% menos eficientes que as a alto volume. O óxido cuproso controlou a moléstia em até 67% e não foi influenciado nem pelo local nem pelas medidas de controle sanitário. Visto que o adesivo desempenhou um importante papel no controle da moléstia (20%), é sugerido que a eficiência técnica de óxido cuproso a ultra baixo volume pode ser melhorada com o uso do adesivo. Discute-se a economicidade do tratamento em relação à eficiência técnica do controle químico. Essa economicidade se baseia na receita líquida e preço de venda do cacau. Conclui-se que o preço mínimo capaz de devolver aos fazendeiros seus investimentos no controle da moléstia é de Cr$ 58,00 por arroba - aproximadamente 30% do preço real de venda utilizado no presente trabalho (Cr$ 154,70).