Considerações sobre a fenologia de lançamento foliar, floração e frutificação do cacaueiro na região Sudeste da Bahia
Title: | Considerações sobre a fenologia de lançamento foliar, floração e frutificação do cacaueiro na região Sudeste da Bahia |
Authors: | Santos Filho, Lindolfo Pereira dos Luz, Edna Dora Martins Newman Valle, Raúl René Muller, Manfred Willy |
Publisher: | Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) |
Language: | pt_BR |
metadata.dc.type: | Outro |
Issue Date: | 2020 |
Abstract: | O propósito deste artigo é reunir informações obtidas pelo projeto Previsão de Safra de Cacau da Bahia, executado pela CEPLAC no período 1977-2012, e avaliar a associação entre os eventos fenológicos do cacaueiro: lançamento foliar, floração, fruto bilro e fruto peco; e os elementos meteorológicos: temperatura do ar, umidade relativa do ar, evapotranspiração de referência e precipitação pluvial. Na avaliação percebeu-se, no ano agrícola (outubro-setembro), quatro momentos na relação genótipo vs. ambiente. O primeiro momento inicia-se no final de julho e termina no início de novembro quando predominam as mais baixas médias diárias de chuva e reduzida disponibilidade de energia térmica. Destaca-se a provável influência da temperatura na intensidade da floração e o movimento crescente e sincronizado das trajetórias de frutos pecos e do lançamento foliar. Parece que a planta prioriza o lançamento foliar a fim de obter mais fotoassimilados visando o desenvolvimento dos frutos da safra principal, ao invés de suster os frutos recém formados e/ou emitir novas flores. Para o segundo momento, de novembro a janeiro, mesmo com a intensidade do lançamento foliar em queda, admitese que parte substancial do fotoassimilado é exportada para os órgãos e tecidos não fotossintéticos, onde será metabolizada ou estocada como reserva capaz de sustentar, ao mesmo tempo, os eventos fenológicos lançamento foliar, floração e produção de novos frutos, resultando na queda acentuada do número de frutos pecos. No terceiro momento, de fevereiro a abril, inicia-se o enchimento dos frutos da safra temporã, o que resulta em maior competição por assimilados entre e dentro dos processos vegetativo e reprodutivo, traduzido novamente num crescimento do peco fisiológico. O quarto e último momento, abril a junho, se caracteriza pela queda acentuada da temperatura e das intensidades do lançamento foliar e floração. Neste, as folhas atingem o tamanho máximo, diminuem a sua taxa de crescimento e a demanda metabólica. Observa-se redução da intensidade da emissão de folhas e flores e a sustentação e o enchimento dos frutos da safra principal. A partir de julho o ciclo recomeça e o cacaueiro age como se excluísse da prioridade esses frutos novos, até que possa recuperar plenamente a sua reserva de fotoassimilados. Nota-se que essa divisão em quatro momentos se baseou no comportamento médio de parâmetros do cacaueiro e do ambiente. Face ao regime termopluviométrico na RCB torna-se essencial aprofundar os conhecimentos e se possível prever as condições meteorológicas de cada ano agrícola de forma a permitir agestão eficiente dos efeitos dessa relação dentro de cada ano agrícola. |
Keywords: | THEOBROMA CACAO; FENOLOGIA; CLIMA; COMISSÃO EXECUTIVA DO PLANO DA LAVOURA CACAUEIRA |
URI: | http://192.168.3.118:8080/handle/1/434 |
Appears in Collections: | Cacau - Livros |
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