Identificação e variabilidade genética de acessos de cacaueiros autocompatíveis selecionados para resistência à vassoura-de-bruxa em fazendas produtoras. In: Agrotrópica v. 17 p. 17-22, 2005.

Abstract

O objetivo do presente trabalho foi identificar e estudar a diversidade genética das seleções das fazendas para a resistência a vassoura de bruxa, observar o relacionamento com os clones SCA6 e SCA12 e elucidar a origem das árvores autocompatíveis. Os acessos e seleções utilizadas foram: SIC 823, SCA 6, UF 613, SCA 12, ICS1, ICS8, TSH 516, SIC19, ICS 6, IMC 67 ,SIC 329, PA 150, CA1.4, FSU 01, PS 1319, FSU 77, AC 01, HW 02, PM 02, CA7.1, BJ 11, FSU13, FSU18, FB 17, RVID 05, SM 06, PH 16, HW 25, VB 1128, SJ 02, SM 02, FB 206 e CSG 70. Marcadores RAPD foram utilizados e os dados binários foram utilizados para os agrupamentos feito através do método UPGMA. Na análise de agrupamento os acessos autocompatíveis ficaram agrupados em 3 grupos de similaridade.O grupo menor com PS 1319 e FSU 77 agrupando com o IMC 67. Os outros acessos autocompativeis FSU 01, HW 02, SJ 02, BJ 11, PH 16 e FB 206, CSG 70, HW 25 formaram os outros dois grupos contendo apenas seleções das fazendas. As seleções AC 01, RVID 05 e FB 17 apesar de agruparem com materiais locais SIC 19 e SIC 823 , não apresentaram autocompatibilidade. Estes resultados dão um indício de que de fato as seleções autocompativeis não são descendentes diretos de SCA 6 ou SCA 12. Tais seleções podem ter origem de progênies de TSH 516 ou mesmo cruzamentos como IMC 67 x UF 613 que foram distribuídos no passado. Houve uma dispersão muito grande dos acessos, fato verificado nos trabalhos anteriores. Os resultados do presente trabalho, e dos anteriores, mostram que muitas das seleções autocompativeis promissoras agruparam distantes de sca6 e de outros progenitores. Tais resultados evidenciam a variabilidade genética e a importância dos acessos selecionados em fazendas considerando a resistência a vassoura-de-bruxa e a autocompatibilidade.