Severidade da podridão dos frutos de mamão em pós-colheita influenciada pelo tipo de inoculação e estádio de maturação. In: Agrotrópica v. 28 p. 159-168, 2016.

Abstract

Das doenças pós-colheita que acometem o mamão, a podridão-dos-frutos (Phytophthora palmivora L.) é recorrente nas principais regiões produtoras do Brasil (nordeste e sudeste), especialmente pelas características edafoclimáticas que propiciam o estabelecimento de patógenos atrelado às características peculiares da fruta, como o amadurecimento. Tais fatores caracterizam a necessidade de estudos que abordem aspectos relacionados com a fruta, o patógeno e o ambiente para que possam ser direcionadas medidas eficazes de prevenção e controle da doença. Portanto, este trabalho avaliou o efeito da concentração de inóculo, do tipo de inóculo e de métodos de inoculação (isolados 356, 363 e 1060 de P. palmivora) na severidade da podridão de Phytophthora no mamão ‘Sunrise Solo’ coletados no extremo sul da Bahia, Brasil que são destinados à exportação. Os tratamentos consistiram em: T1-T3: discos de meio cenoura-ágar (CA) contendo estrutura do patógeno com e sem fita adesiva e algodão, respectivamente; T4-T13: diferentes concentrações de suspensão de zoósporos (104 ; 5x104 ; 105 ; 5x105 e 106 zoósporos mL-1), sendo: T4-T8: aplicação de 20 µL de cada concentração de suspensão de zoósporos; T9-T13: discos de papel filtro de 5 mmø de diâmetro embebidos em suspensão de zoósporos em diferentes concentrações; T14-T16: testemunhas usando discos de CA com e sem fita adesiva e algodão, respectivamente; T17: testemunha com aplicação de 20 µL de água destilada esterilizada; T18: testemunha usando discos de papel filtro de 5 mmø embebidos em água destilada esterilizada. Frutas inoculadas com discos de meio CA, ferimentos e uso de fita adesiva apresentaram maiores lesões (6.335,45; 5.687,45 e 6.866,31 mm2 para os isolados 356, 363, 1060, respectivamente). Nos mamões onde se usou papel de filtro embebido em suspensão de zoósporos, também foi observada quantidade significativa de doença para os três isolados, no entanto, o isolado 356 provocou maior lesão (4.815,19 mm2 ) quando as frutas foram tratadas com suspensão, sem ferimentos e concentração de 5x105 zoósporos mL-1.