Efeito de copas enxertadas de seringueira (Hevea spp.) sobre o teor de magnésio e a regeneração do látex no painel do clone Fx 3899. In: Agrotrópica v. 9 p. 59-66, 1997.

Abstract

O efeito depressivo sobre a produção de borracha tem sido o principal impedimento à adoção da enxertia de copa da seringueira, com clones resistentes ao mal-das-folhas (Microcyclus ulei). As copas PA 31 (Hevea pauciflora) e IAN 7388 (H. pauciflora x H. brasiliensis), enxertadas sobre Fx 3899 (H. benthamiana x H. brasiliensis), causaram forte redução da produção de borracha seca, correspondendo a teores significativamente mais baixos de magnésio no látex que o das plantas com copa própria. Os teores de magnésio na casca do caule das plantas com copas enxertadas também foram mais baixos que o das plantas com copas próprias, ao passo que nas folhas das copas enxertadas foram encontrados teores mais altos de magnésio. O diagnóstico do látex apresentou evidências de que, nesse caso, a limitação da regeneração do látex foi o principal fator de redução da produção de borracha seca. Seis meses após a aplicação de 80 g de MgO por planta, a combinação PA 31IFx 3899 atingiu o mesmo nível de produção das plantas com copas próprias. Os baixos teores de magnésio no caule, em solo com nível muito baixo de magnésio, são atribuídos à concentração desse elemento nas copas enxertadas. A ocorrência usual de sintomas de carência de magnésio nas folhas dos clones de H. pauciflora sugere que esse efeito é comum às copas dessa espécie e de seus híbridos com H. brasiliensis. Os teores de tióis do látex das plantas com copas enxertadas e com copa própria não diferiram significativamente.